Odebrecht pagou R$ 500 mil a Fernando Collor, aponta perícia

Perícia do Ministério Público Federal (MPF) sobre o sistema de contabilidade paralela da Odebrecht concluiu que a empreiteira pagou R$ 500 mil em caixa dois para a campanha do senador Fernando Collor (PTC), em 2010. 

Segundo publicado pelo Estadão, o dinheiro teria sido entregue em espécie ao ex-presidente da República.

O ex-presidente Fernando Collor de Mello aparece na planilha com o codinome de ‘roxinho’ na lista da Odebrecht, em razão da célebre frase ‘eu tenho aquilo roxo’, proferida nos anos 1990. 

Collor, que atualmente é candidato a governo do estado, teria sido beneficiário de caixa dois da Odebrecht Ambiental em razão do lobby pela privatização do saneamento de Alagoas, segundo o ex-presidente da empresa de saneamento do Grupo. 

Os valores teriam sido operacionalizados entre os executivos e o primo do senador Euclydes Mello, de acordo com a delação da empreiteira.

Ainda conforme o perito criminal da Procuradoria-Geral da República, Gilberto Mendes, foram ‘levantados os registros identificados nos discos rígidos fornecidos pela Odebrecht e por autoridades suíças ao Ministério Público Federal contendo relatórios extraídos do “MyWebDay”‘ – sistema de contabilidade paralela da empreiteira mantido na Suíça fornecido à Lava Jato por meio de cooperação jurídica internacional.

À reportagem do Estadão, Collor respondeu que "são imputações mentirosas, sem qualquer prova, que refuto com indignação e asco!".